quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Kinect: a análise


Para você, o que significa jogar video game? Bem, se você é da era em que Super Mario Bros ainda causava espanto por seus gráficos, então provavelmente acredita que jogos e controles são praticamente inseparáveis. Durante longas décadas, segurar um joystick era algo essencial na receita das jogatinas.
Mas, meu companheiro, os tempos mudam. E como mudam. Além das revoluções técnicas trazerem visuais cada vez mais fotorrealistas, elas também geram reviravoltas brutais no próprio conceito de jogar video game. A Nintendo, por exemplo, sempre arriscou nas novidades, com periféricos que simulavam rifles e até mesmo uma luva que até hoje é relembrada como um dos acessórios mais bizarros já inventados.
Com a chegada do Wii, o mundo percebeu que jogar video game não era uma experiência diretamente ligada aos botões. Os controles sensíveis a movimentos dispensavam direcionais analógicos e muitas das ações eram realizadas apenas com uma sacudida no famoso Wii Remote. A era dos controles convencionais parecia estar chegando ao fim, pelo menos para o público casual.
Contudo, foi na Entertainment Electronic Expo (E3) de 2009 que a revolução finalmente deu as caras — afinal, era isso que a Microsoft afirmava. A dona do Xbox 360 surpreendeu todos revelando um sistema de controles em que não se usa qualquer tipo de acessório como controle. É isso mesmo: nada de joysticks.

Você é o controle!
Parece até loucura, mas não segurar um controle era exatamente a grande sacada da Microsoft. Visando conquistar outro público além dos hardcores usuários do Xbox 360, a companhia de Bill Gates resolveu lançar algo que certamente conquistaria os jogadores casuais por um simples motivo: você não precisava ter experiência nos video games para se dar bem neste novo jogo.
E este novo jogo já surgia com um nome ambicioso: Project Natal. “Natal” certamente é uma palavra familiar para nós, brasileiros, e não poderia ser diferente, já que uma das grandes mentes por trás de toda a magia nasceu em terras tupiniquins. Alex Kipman decidiu elogiar a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, e arrematar o periférico como o nascimento de uma nova era do entretenimento.
Ironicamente, a Microsoft parecia não estar para brincadeiras. O Project Natal surpreendeu o mundo na Electronic Entertainment Expo e, logo em seguida, a dona do Xbox 360 começou a trabalhar intensamente na divulgação. Mas foi somente em 2010, novamente durante a E3, que o periférico recebeu um nome, após um evento que parecia ter saído diretamente dos contos de fadas — até mesmo o Cirque du Soleil estava presente.

A partir daí, o projeto passava a ser conhecido simplesmente como Kinect — um trocadilho com as palavras “kinetic” (cinética) e “connect” (conectar). Esse seria o nome que mudaria para sempre o mundo do entretenimento eletrônico. Investindo pouco mais de US$ 500 milhões em publicidade, valor superior ao orçamento para divulgação do próprio Xbox 360, a Microsoft mostrava para o mundo que, agora, a única experiência necessária para jogar video game era a experiência da própria vida.
Finalmente, após tanta espera, o dia chegou. Em novembro deste ano, o Kinect chegava às lojas nos Estados Unidos e, com muita procura, também aqui ao Brasil. Agora, chegou a hora da verdade. Será que toda aquela magia vista em apresentações e mais apresentações é realmente verdade? Ou jogar sem controles é algo totalmente descontrolado? Confira neste megaespecial.

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